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2 de Agosto de 2016 às 14:01

Conab divulga levantamento de safra


Em termos nacionais, caso se confirme a produtividade média de 1.449 kg/ha de algodão em pluma, a produção deverá atingir 1.389 mil toneladas (-11,1% que na safra 2014/15). Em Mato Grosso, a produção é estimada em 915,3 mil toneladas de pluma – 0,7% inferior à da safra 2014/15 –, considerando-se uma produtividade média de 1.532 kg/ha. A redução na produtividade é atribuída ao stress hídrico enfrentado durante a safra e a colheita avança "a passos lentos" (4% do total da área de plantio até o fechamento do levantamento da Conab), já que a maior concentração dos trabalhos acontecerá ao longo deste mês de julho.

Um ponto importante ressaltado no relatório, na avaliação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), foi a constatação dos bons índices de controle do bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis) na grande maioria das regiões produtoras da fibra, graças à conscientização dos cotonicultores e adoção de práticas inovadores de controle do coleóptero. Os produtores de algodão têm sentido os efeitos do câmbio, já que, pela valorização da moeda norte-americana em relação ao real desde 2015, os itens defensivos, fertilizantes e demais insumos cresceram cerca de 40% em relação à safra passada. Este aumento recorrente nos custos de produção da cultura explica, também, a queda nos números de produtividade e produção total de algodão em caroço e pluma pelo Brasil, já que o controle e manejo da lavoura ficam mais onerosos ao cotonicultor.

No cenário internacional do algodão, o último relatório do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC) publica novamente uma avaliação de que os cinco maiores produtores mundiais (Índia, China, USA, Paquistão e Brasil) reduzirão a produção de algodão neste ano, fato explicado pelo grande volume de estoque mundial que se manteve em crescimento até a safra 2014/15. No Brasil, mesmo com a diminuição do volume total produzido em relação à última safra, a previsão para o abastecimento da indústria nacional e cumprimento dos contratos internacionais para 2016 é positiva, mantendo-se ainda um estoque de passagem na ordem de 298 mil toneladas de pluma. De acordo com o relatório da Conab, a oferta do produto para 2016 poderá atingir cerca de 1.389 mil toneladas e a demanda é estimada em aproximadamente 1.460 mil toneladas. 

Grãos - A produção brasileira de grãos da safra 2015/16 deve chegar a 189,3 milhões de toneladas, com um decréscimo de 8,9% ou 18,5 milhões de toneladas menor que a anterior, que foi de 207,7 milhões de t. Os números estão no boletim do 10º levantamento da safra de grãos, divulgado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O trigo, juntamente com as culturas de inverno, teve um crescimento de produção. Subiu 13,5%, chegando a 6,28 milhões de toneladas, apesar de uma redução de área de 12,5%. Já a soja reduziu 0,7%, alcançando 95,6 milhões de toneladas, e o milho, que apresentou as maiores reduções, teve queda de 3,99 milhões e 11,5 milhões de toneladas, respectivamente, na primeira e na segunda safra. As demais culturas também tiveram queda de produção. Entre as razões para a queda, estão a redução na área plantada e as adversidades climáticas, como estiagens prolongadas e altas temperaturas.

Contudo, a área plantada teve aumento em relação à safra anterior. Este ano deve chegar a 58,15 milhões de hectares, ou 0,4% a mais do que em 2014/15, que teve 57,93 milhões de ha. A cultura da soja, responsável por 57% da área cultivada do país, permanece como principal responsável pelo aumento de área. A estimativa de crescimento é de 3,5%, passando de 32,1 milhões de ha em 2014/15 para 33,2 milhões na safra atual.

Outro aumento de área ocorreu com o milho segunda safra. A expectativa é de crescimento de 8% (763,8 mil h), totalizando 10,31 milhões de ha. Para o primeira safra, a exemplo do que ocorreu anteriormente, a área foi reduzida em 11,4%, atingindo 5,44 milhões de ha. Outras reduções de área ocorreram também com o feijão primeira safra (8,5%), situando-se em 963,9 mil hectares, o feijão segunda safra, com redução de 2,6%, totalizando uma área plantada de 1,28 milhão de hectares e o feijão terceira safra, com queda de área de 13,6%, chegando a 577,5 mil hectares.

Mais informações no relatório completo do décimo  Levantamento de Safras que pode ser acessado aqui.

Fonte: http://www.ampa.com.br/



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